Primeira vila ferroviária do Estado de São Paulo, constituída à moda inglesa, pela Vila de Paranapiacaba passaram todo o café que constituiu o auge do Brasil e, em sentido oposto, os imigrantes que constituíram a força da indústria paulista e brasileira. Marco de superação do ciclo do tropeirismo e de entrada do país na economia moderna, Paranapiacaba sofreu um profundo impacto com o fim da concessão à São Paulo Railway, em 1946 e com a extinção da RFFSA, em 1997.
Permaneceram as inovações acumuladas – da construção da primeira ferrovia paulista, a uma elaborada lógica de desenvolvimento urbano; do impulso ao florescimento da pujante Santo André, à criação do Parque Nascentes, dentre as quais a do Rio Pinheiros – mas foram-se as bases econômicas que motivaram a constituição da Vila.
Quais caminhos podem ser seguidos por Paranapiacaba, engendrando organizações alternativas de governança e a aposta na economia criativa? Estas foram as perguntas de fundo de um trabalho sob medida, concebido pela Garimpo de Soluções para a Brasil Restauro, compreendendo análises documentais, realização de entrevistas qualitativas e até mesmo, na falta de dados atualizados, da organização de um censo inédito dos moradores da Vila.
O relatório final contemplou três recomendações de diversificação econômica, tendo sido finalizado em julho de 2021, com apresentação para a MRS (patrocinadora do estudo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura), a Prefeitura de Santo André e a comunidade. Disponível para download neste link: Vila de Paranapiacaba – Diretrizes de economia criativa para o desenvolvimento territorial – relatório final.